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segunda-feira, 1 de abril de 2013

Educação é a solução? Não.




De todas as falácias criadas pelos movimentos esquerdistas acho que essa é a mais famosa, e a menos desmascarada. Imagino que o título tenha até chocado alguns conservadores. Mas, será mesmo que na educação reside a solução dos nossos problemas? Vejamos.
Em primeiro lugar, vamos definir rapidamente cultura. A cultura, no sentido defendido por T. S. Elliot, Dawson e outros, não se restringe somente a atividades artísticas como afirma a nossa ministra Marta Suplicy. Cultura é o conjunto de todas as atividades humanas desenvolvidas por uma sociedade. É o estilo de vida dessa sociedade, o way of life.
Então, da cultura fazem parte todas as manifestações artísticas, religiosas, intelectuais e a linguagem. Também fazem parte a culinária, os trajes, a cerveja com os amigos e o hábito de escovar os dentes antes de dormir. E junto com todas essas atividades está também o núcleo moral, as regras de conduta que são passadas de geração a geração.
E qual seria o objetivo da educação? Essa é uma pergunta de difícil resposta, mas não vai ter nada a ver com formar melhores cidadãos ou abrir o caminho da felicidade. Qualquer resposta desse tipo imediatamente vai ter uma ideologia inclusa, e aí reside o perigo.
A formação moral das crianças começa mesmo é no núcleo familiar. Faz parte do processo de amadurecimento a ligação com os pais e também o tão repudiado sentimento de culpa. É fácil ver como a família torna a noção de certo e errado muito mais evidente para a criança. Se você prejudica alguém da sua família, que você gosta e convive, que respeita, necessariamente vai sentir uma grande culpa e então vai classificar aquela atitude como errada e tentar não repetir. Como costumo dizer, a família são os amigos que a gente pode brigar! Eles vão perdoar seus erros, na maior parte das vezes, e te fazer entender como as coisas funcionam em prol de todos.
E na escola? É possível isso? A resposta é categórica: não. Em primeiro lugar, você está entregando seu filho a uma pessoa que você não sabe se dará a devida atenção, se tem a devida estatura moral para a tarefa ou mesmo que vá se importar com isso. O que isso significa é que quando a criança tomar uma atitude errada, duas coisas podem acontecer: ser ignorada ou ser reprimida mas apenas sendo tratada como uma peça que não cumpriu seu papel.
A consequência da primeira possibilidade é a geração da sensação de impunidade. Não precisa dizer o que se sucede disso. Já a segunda vai criar aquela necessidade de atenção e a criança vai associar a decisão errada com ganho de alguma forma de atenção. Pense bem. Uma pessoa cuidando de 25 crianças, todas pedindo atenção. O que vai acontecer?
Pois bem. Isso na infância. Em seguida começam outros problemas. O ensino não é mais técnico. O método Paulo Freire destruiu qualquer tipo de ensino sério no Brasil. Como ele próprio dizia, não existe educação sem doutrinação. Então o governo leva a cabo isso e faz do ensino a ferramenta para criar o cidadão ideal aos seus interesses. E a gente já sabe qual tipo é.
É até interessante como uma frase famosa do educador comunista resume o seu desprezo pelo conhecimento
“Não há saber mais ou saber menos: Há saberes diferentes.”
- Paulo Freire
Dizer que não existe saber mais nem menos é acabar com a hierarquia do conhecimento e negar que ele próprio exista.
Mas, voltando aos assunto, eu vou dizer qual é a solução. É a família. Pai e mãe cuidando da criação dos filhos, e não terceiros. Claro que as famílias não são perfeitas e algumas são um fracasso total. Mas seriam elas tão fracassadas quanto o sistema educacional? Começamos a formar cidadãos ruins desde quando resolvemos formar cidadãos.
Não está na hora de admitir que esse modelo falhou? Deixem o sistema educacional ensinar a ler, escrever, fazer contas. A escola não tem que falar sobre preconceito, homossexualismo e afins. Quem fala disso são os pais. Não permitam que a escola seja obrigatória. Deixem aqueles que não querem estudar não estudarem. Sobra mais espaço para quem quer aprender e desonera a todos. E que tal ensinar seus filhos em casa, se você tem qualificação? Por que não permitir o homeschooling?
É hora de uma mudança profunda. E só a retomada de uma cultura superior pode nos livrar, quem sabe um dia, do sistema socialista que aqui se instaurou. Não existe outra saída.

Texto originalmente publicado em Observatório Conservador

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