Pesquisar este blog

quarta-feira, 21 de dezembro de 2016

Curso de Redação - Parte 6 - Dicas para escrever uma boa redação (Os elementos da redação II)

Fazer uma boa redação, como muitas outras coisas da vida, é treino e prática. A medida que escrevemos mais e mais textos, mais vamos desenvolvendo a habilidade de escrever uma boa redação. Iremos retomar algumas coisas ditas na postagem anterior, mas agora como dicas mais práticas.

Falemos um pouco sobre a comunicação e a expressão escrita. Um bom escritor não abre mão de realizar pesquisas a fim de criar argumentos sólidos. O leitor percebe quando uma redação foi desenvolvida a partir da leitura de bons textos ou quando a redação é baseada somente a partir dos achismos do escritor. Siga as  dicas abaixo para fazer uma boa redação.

1. Dê seriedade ao seu texto e demonstre autoridade naquilo que você escreve. Não use frases feitas ou próprias da comunicação coloquial; não faça piadas, não reproduza hinos de times ou receitas culinárias, não copie trechos dos textos motivadores etc.
2. Leia constantemente. Antes de você, outras pessoas já estudaram profundamente os mais diversos tipos de temas, eles são fontes de conhecimento.
3. Faça anotações de suas leituras, mesmo que sejam feitas nas bordas das páginas do seu livro, revista etc.
4. Determine a extensão de sua redação. Geralmente trinta linhas é um número aceitável.
5. Estude gramática. O Enem exige do aluno conhecimento da norma culta e dos mecanismos da língua. Uma frase ambígua como esta: "a professora pediu a aluna que guardasse seus livros" pode ser facilmente esclarecida se o aluno conhecer a gramatica da língua.
6. Dicionários são ótimas ferramentas a disposição do escritor. Existem vários tipos de dicionários dos mais básicos aos mais específicos. 
7. Faça interpretações literárias (contexto interno) e culturais (contexto externo) de suas leituras e de seus textos autorais.
8. Elabore uma tese e crie argumentos que a justifique.

O autor não irá realizar boas redações do dia para a noite, por isso é importante seguir essas dicas que irão preparar o estudante para o dia do exame. Errar durante a aprendizagem é normal e é preferível que isso aconteça durante os estudos do que no dia da prova.

O tema de uma redação não é definido pelo candidato, por esse motivo é importante que o autor esteja preparado lendo os mais diversos tipos de assuntos. O corretor percebe nas primeiras linhas da redação que o escritor não tem assunto para discorrer sobre o tema.

Já o candidato que tem muito assunto pra discutir sobre o tema, precisa definir prontamente qual será sua tese que nada mais é que uma declaração contendo uma proposta de discussão sobre o tema. É interessante o aluno escrever em uma folha a parte qual será sua tese a fim de que não se afaste dela. É muito comum encontrar redações em que o autor no meio do texto contrarie a própria tese que propôs defender. Por outro lado, é muito difícil encontrar uma redação com uma tese bem definida. Portanto, escreva sua tese em uma folha a parte.

Com a tese em mente, o candidato deverá elaborar sua introdução preparando o leitor para a tese na qual irá girar todo seu texto. É na introdução que ele definirá termos e conceitos.

Após a introdução,vem aquela que é a parte mais importante da redação: a argumentação que terá uma postagem totalmente dedicada a ela.

Finalmente temos a conclusão e, como alguns exames exigem, a proposta de intervenção. A conclusão é uma síntese de tudo que foi dito anteriormente. O autor irá resgatar coisas que foram expostas na introdução e na argumentação fechando seu texto. A proposta de intervenção é a sugestão dada pelo autor para que algum problema que incomoda a sociedade seja realizado. Uma proposta de intervenção deve envolver o cidadão como indivíduo, a sociedade como coletividade de vários indivíduos e o Estado, que tem como função organizar essa sociedade por meio das normas de convivência.

E finalmente o escritor deverá criar título que possa traduzir tudo aquilo que ele escreveu no texto a fim de atrair a atenção do leitor. Escrever o título após ter feito a redação é útil, porque o título na verdade é um resumo com poucas palavras de tudo que escrevemos. Bom lembrar que o título não deve ser confundido com o tema, por esse motivo o tema não pode ser o título e o título não é as primeiras palavras do primeiro parágrafo.

Até a próxima postagem. 

segunda-feira, 19 de dezembro de 2016

Plural dos substantivos compostos em seis regras fáceis de entender

Aprender o plural dos substantivos compostos é fácil, desde que o aluno consiga distinguir as classes gramaticais e as palavras variáveis e invariáveis. Tendo isso em mente, passemos a explicação. 

(1) Substantivos, adjetivos e numerais são palavras variáveis. Os elementos que pertençam a uma dessas três classes gramaticais irão para o plural, independente da posição que ocupem na palavra composta:

cartão-postal = cartões-postais = um substantivo + um adjetivo
quarta-feira = quartas-feiras = um numeral + um substantivo
amor-perfeito = amores-perfeitos = um substantivo + um adjetivo
guarda-noturno = guardas-noturnos = um substantivo + um adjetivo

(2) Advébio, interjeição, preposição, e conjunção são invariáveis. O verbo, na formação dos compostos, também passa a ser considerados invariáveis. Qualquer elemento que pertença a uma dessas cinco classes gramaticais não varia no plural:

arranha-céu = arranha-céus = um verbo + um substantivo
abaixo-assinado = abaixo-assinados = um advérbio + um adjetivo
guarda-roupa = guarda-roupas = um verbo + um substantivo 

Obs: a palavra guarda, dependendo do composto, é considerado um substantivo ou um verbo. Muito fácil distinguir sua classificação gramatical: guarda é substantivo quando se refere a pessoa ou profissão, se preferir (guardas-ferroviários); mas guarda é verbo ao se referir a objetos (guarda-chuvas).

(3) Compostos formados por onomatopeia ou palavras repetidas somente último elemento vai para o plural:

o reco-reco = os reco-recos
o bem-te-vi = os bem-te-vis

(4) Quando o segundo elemento especifica (função de adjunto adnominal ou do adjetivo) a primeira palavra ou indica finalidade, somente o primeiro elemento sofre plural: 

navio-escola =  navios-escola
escola-modelo = escolas-modelos
homem-aranha = homens-aranha

Obs: Quando um composto é formado por dois substantivos, existe a opção de sofrer plural somente o primeiro elemento do composto. Se juntarmos essa regra com a regra que afirma que quando o segundo elemento esdpecifica ou indica a finalidade do primeiro, fica fácil formar os plural dos compostos do grupo 4.

(5) Sofre plural somente a primeira palavra do composto formado por elementos ligados por preposição:

pé de moleque = pés de moleque 
pingo-d'água = pingos-d'água 

(6) Se o composto for formada por palavras invariáveis (regra 2) ou com sentidos opostos, nenhum elemento sofre plural. 

o leva e traz = os leva e traz
o bota-fora = os bota-fora

sexta-feira, 16 de dezembro de 2016

Huberto Rohden - A educação do homem integral

O catarinense Huberto Rohden foi um professor, conferencista e escritor. Formou-se em Filosofia, Ciências e Teologia em universidades européias. Escreveu mais de 65 livros. Bolsista da Universidade de Princeton durante os anos de  1945-46, concebeu as bases da Filosofia Univérsica, cujo escopo é a afinidade entre a Matemática, Metafísica e Mística com a vida humana e a constituição do Universo. Em 1946, foi professor da American University durante cinco anos nas disciplinas de Filosofia Universal e Religiões Comparadas. Em 1952, fundou na capital paulista a Instituição Cultural e Beneficente Alvorada onde oferecia cursos de Filosofia Universica e Filosofia do Evangelho. Faleceu em 1981 aos 87 anos. Costumava afirmar que havia vindo ao mundo para servir a Humanidade. Toda obra de Huberto Rohden é publicada pela Editora Martin Claret.

A Educação do homem integral  é um dos livros escritos por Huberton Rohden em que o autor procura apresentar a funçaõ do educador segundo os princípios da Filosofia Univérsica, criada por ele. O autor adverte que o livro não é um manual, ou seja, não se encontrará nesse livro métodos ou orientações para se aplicar em sala de aula. Fiel a sua própria filosofia, Rodhen apenas aponta o caminho a seguir.

Ele aponta dois tipos de educação cujos responsáveis são diferentes. A primeira é a auto-educação é compete ao indivíduo alcançá-la, a segunda é a alo-educação (instrução) e é competência dos poderes públicos. Uma pedagogia eficiente estaria baseada em uma filosofia de auto-educação ou auto-realização. Tendo em mente essa distinção, conseguimos compreender porquê a "educação" brasileira não avança para níveis satisfatórios de qualidade.

Huberto Rohden considera que o problema paradoxal da educação é que "nínguem pode educar alguém, mas alguém pode educar-se a si mesmo" pois que a educação é intransitiva, reflexiva e subjetiva. Um professor auto-educado ou auto-realizado deve apontar o caminho para que o aluno posso se auto-educar, no entanto, não existe garantia que o aluno siga o caminho apontado pelo professor. PODE SER que o ser central do educador (sua alma já educada) possa potencializar o seu dizer periférico (ver imagem) que não pode ser nenhum tipo de proselitismo filosófico, ideológico ou religioso, convém dizer. Em resumo, um professor auto-educado pode de alguma maneira ajudar na alo-educação. 

Já podemos demonstrar as diferenças entre educação e instrução, A primeira trata de valores, a segunda trata de fatos (ciência). Pode haver (i) educação com instrução, (ii) educação sem instrução, (iii) instrução sem educação ou (iv) nem educação nem instrução. O poder público cumpre competentemente essa última quando afirma que a instrução não é tão importante (ver o modo como o ensino de gramática é tratado pelos documentos oficiais) e quando pretende tornar a humanidade melhor. O ensino público deveria focar na instrução e deixar a educação para outras instituições da sociedade, como as famílias, os grupos religiosos ou filosóficos etc.

A instrução capacita o homem a utilizar corretamente as ferramentas para sua vida profissional e social. Já a educação consiste em despertar e desenvolver os valores da natureza humana que existem de forma embrionária no homem. A afirmação de que abrir uma escola é fechar uma cadeia é um equívoco pois que os maiores malfeitores da humanidade eram geralmente homens instruídos. Logo a "educação" pública está fadada ao fracasso, pois como é possível desenvolver valores no educando se os professores não são auto-educados (se considerarmos como auto-educados ou auto-realizados somente os luminares da humanidade: Moíses, Jesus, Buda, Krishna, Ghandi, Madre Tereza, Chico Xavier, São Francisco, Lao Tse etc). Por isso, os professores só seriam educadores e poderiam eduzir valores de seu alunos se eles, os professores, já houvessem desenvolvido em si mesmos esses valores. O mundo dos fatos não conduz o estudante ao mundo dos valores. Os governos criam ministérios da Educação, mas, na verdade, deveriam ser chamados de ministérios da instrução.

Deve o educador castigar?
A princípio, espera-se que o leitor já tenha compreendido a diferença entre educação e instrução. Os professores são em sua imensa maioria instrutores, e uma parcela muito pequena, educadores. No entanto, mesmo não sendo papel da escola e dos profissionais educarem, espera-se que sejam minimamente educados e quando necessário, imponham castigos que não é sinônimo de violência ou brutalidade, vale dizer.. (Infelizmente a instituição escolar, há muito tempo, já não consegue nem mesmo instruir com a mínima competência, que dizer de educar (a instrução virou, dentro das escolas, uma atividade solitária ou individual)).

Segundo alguns pedagogos e psicólogos o castigo impõe traumas e complexos, segundo eles, somente a total liberdade torna o homem harmonioso (Rousseau).  As experiências da vida real mostram que essa teoria é idealista, deletéria e contraproducente. Cem por cento de liberdade é igual a cem por cento de insegurança. Um educando não será um traumatizado ou complexado na vida adulta quando percebe a racionalidade de uma proibição.

Infelizmente a escola e os trabalhadores viraram vítimas de toda sorte de teoria educacional porque estão submetidos às imaginações de psicólogos da educação e às legislações educacionais. Se os cientistas fazem suas experiencias em laboratórios, os teóricos da educação testam suas teorias com vidas humanas. Infelizmente, essas experiências duram mais de vinte anos quando postas em prática.

Tentei aqui mostrar qual a diferença apontada por Huberto Rohden entre educação e instrução e como muda nossa concepção sobre o papel da escola, dos professores e dos profissionais da "educação" pública quando nós nos convencemos sobre essa diferença. Uma mudança total de paradigma. Muito mais o autor falou no livro A educação do homem integral mas meu objetivo foi somente apontar a diferença entre educação e instrução. Mais o leitor poderá obter se ler a obra.

quinta-feira, 15 de dezembro de 2016

Curso Prático de Latim - Parte 5 - Algumas Considerações

Temos uma adiantada em nosso curso e ignoramos algumas coisas a fim de que o curso seja o mais dinâmico possível. Deixamos de falar e, até mesmo, explicar algumas coisas. Vamos, portanto, apertar o freio de nosso curso.

O aluno precisará de um dicionário latim-português ou acessar o google translate para traduzir algumas palavras. Caso o aluno tome gosto pelo latim, recomendo que o mesmo adquira um bom dicionário e uma boa gramática latina.

1. O latim não possui artigos definidos ou indefinidos

2. A ordem da oração latina não é fixa, geralmente os verbos estão no final da frase. 

3. Conhecemos as funções sintáticas das palavras pela terminação. Em português, os substantivos podem variar em gênero (masculino, feminino), número (plural e singular) e grau (normal, diminutivo e aumentativo), o latim além dessas variações de gênero (o latim também possui o gênero neutro), de número e de grau, também varia conforme os casos (nominativo, vocativo, genitivo etc).

4. Bonus, bona, bonum é o paradigma do primeiro grupo de adjetivos latinos. Bonus, bona bonum são respectivamente o masculino, o feminino e o neutro e são declinados, respectivamente, assim como os substantivos, pela primeira e segunda declinação.

5. O neutro bonum é declinado conforme a segunda declinação, mas as únicas alterações são: bonum pode ser nominativo, vocativo ou acusativo singular; já o nominativo,  vocativo e o acusativo plural é bona. Não confunda com o nominativo e o vocativo singular que segue a primeira declinação. 

6. Sabemos qual é a função e gênero do adjetivo pelo substantivo que é acompanhado por ele. Conforme for pegando prática, fica fácil.

7. A segunda declinação possui substantivos neutros que são declinados da mesma forma que o neutro plural bona.

terça-feira, 13 de dezembro de 2016

Curso de Redação - Parte 5 - Os Elementos Básicos da Redação



Toda boa redação deverá conter ao menos quatro elementos básicos:
1. um tema,
2. o ponto de vista, 
3. seus argumentos e, finalmente,
4. e a forma como essas partes acima estarão dispostas no papel.

É sobre esse último elemento que iremos falar daqui em diante, porque ele irá englobar os três anteriores. Quando analisada, percebemos que uma redação pode ser composta de oito partes (ou seja, essas partes (com exceção dos elementos básicos) não são indispensáveis em uma redação. Vejamos cada uma.

O título por exemplo é solicitado em algumas redações, por outro lado, no ENEM ele não é cobrado. O título é um destaque a fim de chamar a atenção do leitor para a leitura. Possui quase um caráter vocativo, como se o autor dissesse ao leitor: "ei leitor, veja que interessante esse meu texto. Venha lê--lo" . Jamais o título deve reproduzir o tema.

O texto é o "tecido" que abarcar tudo aquilo que o autor deseja transmitir ao leitor. Devemos considerar o texto como parte, já que a mesma coisa que escrevemos no papel poderia ser realizada em um discurso falado, portanto, a redação somente existe como materialidade porque existe o texto.

O tema é a principal causadora de dores de cabeça para o autor da redação pois que a fuga do tema causa nota zero para quem dela depende para a entrada no curso universitário. O tema nada mais é que o assunto (ou a síntese desse assunto) do qual se escreve. O tema deve ser limitado pelo escritor. A ecologia é um tema bastante vasto, mas as redações geralmente limitam o assunto, por exemplo, o macro-tema é ecologia, limitado em um micro-tema: a preservação dos mananciais em zonas urbanas. Sair do micro-tema é fuga do tema e gera nota zero: falar da preservação dos rios da bacia amazônica, por exemplo.

A introdução é a apresentação do tema ao leitor que apesar de já saber sobre o que se vai se falar, é necessária. A introdução demonstra se o autor irá desenvolver ou não uma boa redação. Nela se apresenta os conceitos que irão ser desenvolvidos no restante do texto.

A tese nada mais é que uma proposição ou afirmação que deverá ser defendida pelo autor por meios de argumentos.

A argumentação é que um conjunto de fatos, de ideias, de provas agrupados pelo autor  que servem para sustentar sua tese.

A conclusão é a dedução a que o autor chega ao expor todas suas argumentações. É um balanço final de suas conjecturas. Pontos que foram expostos na introdução e no desenvolvimento devem ser retomados na conclusão.

O apelo é o último elemento a ser descrito em nosso texto. O autor convida o leitor a aderir ao seu ponto de vista. Alguns exames chama o apelo de proposta de intervenção que é uma sugestão que o autor expõe a fim de que um problema seja solucionado pela sociedade.

Falamos das partes que compõem uma redação. Elas não necessariamente compõem parágrafos. Duas ou mais partes podem estar contidas em um só parágrafo, como por exemplo a conclusão e o apelo. Geralmente uma redação possui cerca de trinta linhas divididas em três ou quatro parágrafos. Em postagens posteriores detalharemos como compor cada um dessas partes.  

sexta-feira, 9 de dezembro de 2016

Curso Prático de Latim - Parte 4 - Terceira Declinação - Subjuntivo (Presente e Pretérito) - Orações Finais

Terceira Declinação

A terceira declinação possui o genitivo singular em -is. O genitivo plural pode terminar em -um (nesse caso, o radical das palavras termina em uma só consoante); ou em -ium (o radical termina em duas ou mais consoantes). 

Singular: rex, rex, regis, regi, rege, regem (rei)
Plural: reges, reges, regum, regibus,regibus, reges. 

Singular: nox, nox, noctis, nocti, nocte, noctem (noite)
Plural: noctes, noctes, noctium, noctibus, noctibus, noctes.

Subjuntivo
Vimos que do presente do indicativo deriva o presente do subjuntivo e do perfeito do indicativo deriva o perfeito do subjuntivo. Basta substituir as desinências do indicativo pelas do subjuntivo. Para saber quais são basta observar a parte invariavel de cada verbo.

amem
deleam
lega,
capiam
audiam
ames
deleas
legas
capias
audias
amet
deleat
legat
capiat
audiat
amemus
deleamus
legamus
capiamus
audiamus
ametis
deleatis
legatis
capiatis
audiatis
ament
deleant
legant
capiant
audiant

amaverim
deleverim
legerim
ceperim
audiverim
Amaveris
deleveris
legeris
ceperis
audiveris
amaverit
deleverit
legerit
ceperit
audiverit
amaverimus
deleverimus
legerimus
ceperimus
audiverimus
amaveritis
deleveritis
legeritis
ceperitis
audiveritis
amaverint
deleverint
legerint
ceperint
audiverint


Do
dem
dederim



des
dederis



det
dederit



demus
dederimus



detis
dederitis



dent
ddederint




Orações Finais
As orações finais do latim são construídas com ut (para que) ou ne (para que não) com verbo subjuntivo na oração subordinada final:

Edo ut vivam. Como para viver

Id facio ne vobis taediam afferam. Assim procedo para não vos desgostar.

Os tempos usados é o presente e o imperfeito do subjuntivo

Atividades

1.  Ancillae servos herorum accusant.
2. Agricolarum equos et asinos verberatis
3. Reginae filii prudentiam existimamus
4. Servorum filiis et filiabus Deus prudentiam et patietiam dat.
5. Bonos discipulorum mores magistri laudant
6. Boni patriae homines sunt victores
7. Solem nubes obscurant
8. Dei templum flores ornant.
9. Leges justae ab hominibus celebrabantur.
10. Atticus recusavit, ne statua sibi in foro poneretur.
11. Omnes labores te suscipere video, timeo ut sustineas.

Respostas
1. As criadas acusam os servos dos patrões.
2. Açoitais os cavalos e os burros dos agricultores.
3. Apreciamos a prudencia dos filhos da rainha.
4. Deus dá prudência e paciência aos filhos e às filhas da rainha.
5. Os mestres louvam os bons costumes dos discipulos
6. Os bons homens da pátria são vencedores
7. As nuvens obscurecem o sol.
8. As flores enfeitam o templo de Deus.
9. As leis justas são celebradas pelos homens.
10. Atico recusou para que uma estatua sua não fosse posta no fórum.
11. Vejo que empreendes todos os trabalhos, tenho receio para que não (os) suportes. (OBS: para que haja sentido na tradução, na subordinada final inseri uma negativa que não existe no latim).



domingo, 4 de dezembro de 2016

Curso de Redação - Parte 4 - Texto e Contexto


O texto é um empréstimo metafórico da ação de se tecer um tecido por meio dos fios. Metaforicamente, podemos imaginar as linhas e as palavras do texto como os fios e o texto com o tecido criado.

Texto em linguagem e comunicação é o conjunto de palavras escritas, uma tendo relação com a outra e criando uma ideia, uma noção, um conceito ou um pensamento que se queira transmitir. Logo um texto deve passar alguma informação. 

Podemos classificar  até mesmo o texto como uma porção de um conjunto textual maior. Uma frase isolada também é considerado um texto, ainda que seja uma porção mínima desse contexto.    

Logo um parágrafo, uma frase ou uma palavra é considerada um texto (uma porção) de seu contexto (o todo). O contexto somente existe a fim de criação e análise textual, logo texto e contexto são inseparáveis. Existem diversos tipos de contextos. O autor de um texto deve levá-lo em conta ao escrever sua redação para que ela seja eficaz.

Um contexto pode ser interno ou externo. Quando o contexto é interno, a parte isolada de um texto terá contextos anteriores ou posteriores conforme sua posição no texto. Até esse momento, esse parágrafo possui apena contextos anteriores, desse parágrafo em diante, contextos posteriores. Contextos externos englobam a produção textual, a história, o psicológico, a sociedade etc. Desse modo, um dos contextos externos que me levou a escrever esse texto é a perspectiva de que alguém esteja interessado em sabem mais sobre como produzir uma boa redação. 

Ao criar sua redação você deve levar em conta os contextos internos (minha frase está suficientemente clara, não estou sendo contraditório, uso argumentações adequadas etc) e também os externos ( estou elaborando uma redação conforme o tipo textual solicitado no enunciado da prova, levo em conta a expectativas do leitor, antecipo informações desse interlocutor ausente etc). 

sábado, 3 de dezembro de 2016

Curso Prático de Latim - 2a. Declinação - Verbos Do, Dare - Parte 3

É bastante simples conjugar um verbo latino: no dicionário, você o encontrará assim:

Do, das, -are, dedi, datum. 

Do é a primeira pessoa do presente do indicativo (Dou)

Das é a segunda pessoa do presente do indicativo (dás). A partir da segunda pessoa, temos o paradigma para fazer a conjugação restante do presente do indicativo: dat, damus, datis dant. 
Do presente do indicativo, derivamos outros tempos verbais: (1) o imperfeito, (2) o futuro imperfeito, (3) o presente do subjuntivo, (4) particípio presente e o (5) gerúndio. Veremos cada um postagens futuras. 

-Are nada mais é que três ultimas letras do infinitivo dare (dar). Do infinitivo nos derivamos dois tempos: (1) o imperativo e (2) o imperfeito do subjuntivo.

Dedi (dei) é o pretérito perfeito do indicativo, ele deriva outros tempos: (1) o mais que perfeito, (2) o futuro anterior, (3) perfeito do subjuntivo (4) mais que perfeito do subjuntivo e o (5) infinitivo passado. Conhecemos o final do pretérito na aula anterior: dedi, dedisti, dedit, dedimus, dedistis, dederunt.

Datum (para dar) é supino.Ele deriva os particípios (1) passado e (2) futuro.

O verbix  é um site que pode de ajudar a conjugar os verbos latinos. Basta inserir o a primeira pessoa do presente do indicativo que ele puxa o restante da conjugação. Mas ele deve ser usado com moderação. Não se torne dependente dele.

2a. Declinação

Conhecendo a primeira e a segunda declinação já podemos também declinar alguns os adjetivos cujo paradigma é bonus, bona, bonum (bom).

Singular: (a ordem dos casos (nominativo, vocativo etc) serão sempre iguais): dominus, domine, domini, domino, domino, dominum.
Plural: domini, domini, dominorum, dominis, dominis dominos (senhor - masculino)

Singular: bellum, bellum (guerra - neutro), o restante da declinação é semelhante a dominus, -i.
Plural: Bella (nominativo, vocativo e acusativo) as outras declinações são semelhantes ao plural de dominus, -i.

Uma informação muito importante: você deve estar se perguntando porque estou escrevendo dominus, -i algumas vezes. O latim possui 5 declinações, algumas vezes os casos se repetem em uma ou outra declinação. O único caso que não se repete é o genitivo singular dessas cinco declinações, assim se você procurar uma palavra no dicionário encontrará a palavra assim: 

Fluvius, -i pertence a segunda declinação porque o i indica isso, basta substituir o us por i e tenho o genitivo de fluvius: fluvii (do rio).  Industria, ae pertence a primeira por que a sílaba ae do genitivo singular pertence a primeira declinação. Basta portanto, retirar o a final de industria e acrescentar ae e tenho o genitivo: industriae (da atividade). 

Em português, as funções sintáticas são reconhecidas pelo preposição, em latim as conhecemos pelo final de cada palavra. Atente-se a isso. 

Atividades
1. Regina nautis pecuniam dedit.
2. Nautarum filiae cum regina ambulaverunt
3. Agricolae parcimoniam laudatis.
4. Reginis laetitiam damus
5. Araneae et muscae insulam occupant.
6. nautarum prudentiam et agricolarum amicitiam laudavistis.
7. reginae laetitiam, ancillis pecuniam do.
8. Columbae et aquilae reginis laetitiam dederunt.
9. Tubae pugnam insularum incolis nuntiant.
10. Aqua insulis vitam dat.

Respostas
1. A rainha deu dinheiro aos marinheiros.
2. As filhas dos marinheiros passearam com a rainha.
3. Louvais a economia dos agricultores.
4. Damos alegria as rainhas.
5. As aranhas e as moscas habitam a ilha.
6. Louvastes a prudencia dos marinheiros e a amizade dos agricultures.
7. Dou à rainha alegria; às criadas, dinheiro.
8. As pombas e as águias deram alegria às rainhas.
9. As trombetas anunciaram a luta aos habitantes das ilhas.
10. A água dá vida às ilhas.




quinta-feira, 1 de dezembro de 2016

A voz passiva

As vozes verbais é um dos temas mais interessantes da língua portuguesa e conhecê-las é ter a disposição excelentes efeitos em nossos textos. 


Em uma voz passiva destacamos a ação recebida e, principalmente, o agente que a realizou, mais do que o sujeito que a recebeu. Estruturalmente, a voz passiva é composta por um sujeito passivo, um verbo conjugado e um particípio e, por fim, o agente da passiva:


Acima temos um caso de voz ativa. Interessa-nos principalmente o verbo transitivo direto. Passemos agora essa frase para a voz ativa:

A forma verbal ativa, com o verbo ser conjugado e o particípio, passa para a voz ativa. Vejamos outro exemplo:
Temos uma frase simples com verbo transitivo indireto. Será possível passar essa estrutura para a voz passíva?



Um exemplo de uma suposta voz passiva com verbo intransitivo. Você consideraria essa estrutura típica da língua portuguesa. Em outras palavras, você diria ou escreveria uma frase como essa? Creio que não. Portanto, somente conseguimos criar uma voz passiva com um verbo transitivo direto.   

quarta-feira, 30 de novembro de 2016

Curso de Redação - Parte 3 - A redação e a comunicação

A comunicação interpessoal procura transmitir ideias, sentimentos e propósitos. A redação, uma modalidade escrita da comunicação, procura sensibilizar as pessoas a adotarem nosso ponto de vista e realizar aquilo que desejamos.

Sabemos que existem três elementos básicos para que uma comunicação seja criada: o emissor, a mensagem e o receptor. No entanto, esses três elementos não garantem que o mensagem seja compreendida pelo receptor. A incompreensão da mensagem pode ocorrer devido o desnível cultural, não só do receptor, mas também do emissor (provavelmente o desnível cultural do emissor ocorra por falta de conhecimento do tema ou desconhecimento grave da modalidade escrita da língua). Outro tipo de ruído é a especificidade do assunto (ou desconhecimento do tema, novamente). 

Percebe-se que o conhecimento do tema é essencial para escrever uma boa redação, por isso é importante o aluno sempre estar "por dentro" dos últimos acontecimentos, afinal o candidato só saberá o tema sobre o que irá dissertar no momento da prova. 

O leitor é um interlocutor ausente, portanto, o escritor deve adequar o texto ao leitor, antecipando possíveis dúvidas. Por exemplo, o escritor deve definir conceitos e ideias, principalmente quando o escritor remete seu texto para as áreas do conhecimento científico. O leitor não é obrigado a saber tudo, mas é obrigação do escritor esclarecer as aquilo que consta em seu texto.

Gostaria de ter sua redação corrigida? Mande seus textos para o email: cleirebech@gmail.com. A partir de R$ 15,00 você terá 4 redações corrigidas e anotadas. Você poderá escolher seu tema.  

terça-feira, 29 de novembro de 2016

Curso Prático de Latim - Parte 2 - 1a. Declinação e verbos 1

Os substantivos e os adjetivos latinos são declináveis, isto quer dizer, cada função sintática dos substantivos e dos adjetivos possui uma terminação diferente.


 Singular
 Plural
 Nominativo (Sujeito)
 Rosa
 Rosae
 Vocativo
 Rosa
 Rosae
 Genitivo (adjunto adnominal)
 Rosae
 Rosarum
 Dativo (objeto indireto)
 Rosae
 Rosis
 Ablativo (adjunto adverbial)
 Rosa
 Rosis
 Acusativo (objeto direto)
 Rosam
 Rosas

Presente do Indicativo e Pretérito Perfeito

amo
deleo
lego
capio
audio
amas
deles
legis
capis
audis
amat
delet
legit
capit
audit
amamus
delemus
legimus
capimus
audimus
amatis
deletis
legitis
capitis
auditis
amant
delent
legunt
capiunt
audiunt

amavi
delevi
legi
cepi
audivi
Amavisti
delevisti
legisti
cepisti
audivisti
amavit
delevit
legit
cepit
audivit
amavimus
delevimus
legimus
cepimus
audivimus
amavistis
delevistis
legistis
cepistis
audivistis
amaverunt
deleverunt
legerunt
ceperunt
audiverunt

amar, destruir, ler, pegar e ouvir.


domingo, 27 de novembro de 2016

Curso de redação - parte 2 - Características de uma boa redação

Como dissemos anteriormente, uma redação deve discutir algum problema que aflige a sociedade e propor-lhe uma solução. Deve também levar o leitor a aceitar o ponto de vista de quem a escreve. Mas para fazer essas duas coisas, uma boa redação deve possuir algumas qualidades.

Existem quatro maneiras de levar alguém a agir conforme os nossos desejos, o primeiro é pela força física, o segundo pelo exemplo, a terceira pelos costumes e pelas leis e a quarta pelos argumentos. É justamente esse último que nos interessa.

A força desses argumentos deve estar revestida de alguns pré-requisitos. O primeiro deles é o assunto. Conhecer muito bem o assunto é essencial. A força de um especialista está justamente no conhecimento de um assunto ou tema. Por esse motivo se recomenda que o aluno esteja sempre a par das coisas que acontecem em sua volta. Saber sobre o que se escreve é muito importante. O aluno deve sempre escrever sobre diversos assuntos e, de tempos em tempos, retomar os velhos escritos a fim de verificar se houve ou não alguma evolução em seus escritos.

Saber usar as palavras adequadas também é essencial. As palavras possuem, geralmente, duas faces: uma própria, que chamamos de denotativa, e outra figurada, conotativa. Embora a palavra, quando usada denotativamente, nem sempre ela consegue abarcar suficientemente o sentido real em um contexto específico. Por esse motivo, o uso frequente de um dicionário, principalmente de sinônimos, é tão importante quando se escreve um texto, pois ele permite que os sentidos das palavras  sejam devidamente identificados.

A disposição das palavras dentro das frases também é muito importante. Geralmente colocamos nos primeiros e últimos lugares das orações aqueles conceitos e ideias que consideramos mais importantes. O uso de pronomes, dos relativos e das preposições também deve ser levado em conta para não causar dúvidas nos leitores. Por isso o estudo da gramática é tão importante.

Um texto escrito também deve se adequar a função ao qual se propõe. Assim uma redação deve obedecer a norma culta da língua portuguesa escrita, de modo que certas expressões devem ser evitadas: a gíria, a frases feitas, a linguagem próprias das redes sociais e expressões características da oralidade etc.

Vimos até aqui as características de uma boa redação. Esperamos que essas informações tenham sido uteis ao nosso leitor. Elogios, críticas construtivas, esclarecimentos e dúvidas são bem vindas. 

Curso Prático de Latim - Parte 1


Poetae linguam Graeciae amant.

Poetae - sujeito (nominativo)
linguam - objeto direto (acusativo)
Graeciae - adjunto adnominal (dativo)
amant - 3.a pessoa plural do presente do indicativo 

Colocado em ordem direta, temos: Poetae amant linguam Graeciae, ou seja, "os poetas amam a língua da Grécia. 

A partir das informações acima, já podemos fazer algumas traduções (atende-se para a terminação final de cada palavra, observe que elas se repetem)

1. Coronae reginas ornant. 
Corona - coroa
reginas (acusativo plural) - rainha
orno (-re) - enfeitar, ornar.

2. Laetitiam nautis das.
Laetitia - alegria
nautis (objeto indireto - dativo) - nauta - marinheiro
das (do, dare - dar) - 2a. pessoa singular presente do indicativo

3.Gloriam patriae do.

4. Agricolas laudamus.
laudamus (laudo, are) - louvar

5. Incolas silvarum laudatis
Incola - habitante
silvarum (dativo plural)
laudatis - 2a. pessoa plural do presente do indicativo

6. Victoriam nuntiamus.
nuntio, are - anunciar, comunicar.

7. Aqua insulas circundat.
insula - ilha
circundat - 3a. pessoa singular do presente do indicativo

8. Nautarum vigilantia patriam servant.
servo, are - preservar, proteger, guardar

9. Luna umbram fugat e terram illustrat
umbra - sombra
illustro - ilumina
fugo, as, are, avi, atum - afugentar, por em fuga.

RESPOSTAS.

1. As coroas enfeitam as rainhas
2. Doas alegrias aos marinheiros
3. Proporciono gloria a pátria.
4. Louvamos os agricultores
5. Louvais os habitantes das florestas
6. Anunciamos a vitória.
7. A vigilância dos marinheiros preserva a pátria.
8. A lua afugenta a sombra e ilumina a terra.




As doze virtudes do bom professor segundo São João Batista de la Salle 1. A Seriedade

As doze virtudes do bom professor de acordo com São João Batista De La Salle Explanação do Irmão Agatón, Superior Geral, F.S.C. 178...