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quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Jussara Hoffmann - Setas para destruir a escola

O professores são vítimas de uma lavagem cerebral mas não sabem disso ou fingem que não sabem. A ideologia da escola pública esquerdista  não  é apropriada para um ambiente que requer para o seu funcionamento a disciplina e a hierarquia. Para a escola não serve, porque esses dois conceitos são abomináveis para quem não acredita no poder do trabalho, do esforço e da  meritocracia.
A ideologia do corpo mole está presente por exemplo na péssima bibliografia para concurso docente. Há um livro chamado Setas para o caminho de Jussara Hoffman que apresenta algumas teorias que pouco prezam pela meritocracia. Não há como imaginar qualquer melhora na educação pública enquanto a teoria que forma nossos professores forem semelhantes a essa.
  
A autora apresenta um péssimo conceito a respeito do Conselho de Classe, afirmando que o mesmo sofre severas críticas de professores e supervisores. É irônico como alguns teóricos fazem esse tipo de afirmação sem nenhum dado estatístico ou qualquer outra fundamentação cientifica. 

Segundo a autora, os Conselhos de Classe são uma espécie de tribunal em que os professores se apresentam como jurados, promotores e juízes. O Conselho de Classe assemelha-se como algo próximo aos tribunais da idade media. 

A autora também sugere que os pais não são e não devem ser obrigados a acompanhar a vida escolar do filhos. Para a autora, os pais são os menos responsáveis pelos seus filhos. O senso comum e as pesquisas demonstram que uma boa educação familiar se reflete também na escola. Para a autora, o envolvimento dos pais deve ser na medida em que a realidade social dos pais os permita. Em outras palavras, a autora considera que não se deve exigir muito dos pais o que condenará o estudante a viver para sempre no mesmo circulo social em que seus pais estão.

A avaliação também é criticada pela autora. Ela não deve ser classificatória, mas formativa. Fazendo com que o estudante não seja classificado durante os doze anos em que permanecer na escola. Abolindo a meritocracia, ele vai avançando de série ano a ano. 

De repente, o ex-estudante se vê diante do mundo real em que as pessoas são classificadas, percebendo que o sistema escolar que lhe facilitava tudo, não existe mais. 



sábado, 27 de outubro de 2012

Não é possível uma escola totalmente inclusiva

A desvalorização da escola pública  vem atingindo níveis jamais vistos na história do Brasil. Os dois últimos governos (PSDB e PT) seguindo uma cartilha ideológica estão conseguindo alcançar seus  objetivos que é destruir o Brasil em sua base: a família, a infância e a juventude. Basta pensar nas leis que foram criadas nesses dois últimos governos: ECA, LDB, Estatuto do Desarmamento, e mais recentemente a Lei da Palmada que visa atingir a autonomia da família. Uma política destrutiva está em andamento e não adianta querer mudanças enquanto esses dois partidos estiverem dividindo o poder.

A escola brasileira deveria ser o último lugar em que os pais desejariam colocar seus filhos, pois é um ambiente insalubre e pernicioso a educação e a segurança de nossas crianças.

Jamais se viu tanta violência dentro e em volta dos muros escolares como se vê hoje. Jamais as familias foram tão desobrigadas a acompanhar a vida escolar de seus filhos. Jamais os profissionais da educação foram tão desvalorizados. A violência escolar e social aumenta na  proporção que esses dois partidos permanecem no poder.

Qualquer um pode frequentar os bancos escolares em nome da inclusão. Nossas crianças sentam-se ao lado de marginais, drogados, parasitas, sexistas,  traficantes e tudo aquilo que a sociedade tem de pior. Não somente o professor mas toda a sociedade é vítima dos desmandos desses governantes. Parece que a sociedade só irá acordar após verem todos seus filhos serem massacrados dentro do ambiente escolar.

Não é possível incluir todo mundo. Não é possível mais a educação viver de utopias. Enquanto essa política educacional continuar, a educação não irá alcançar níveis satisfatórios.    

O professor  e o aluno não devem ser obrigados a estar ao lado de bandidos, nem de pessoas que não querem aprender. Os profissionais estão de mãos atadas , não há o que fazer. Toda a sociedade ficou refém da vagabundagem. A escola não consegue cumprir mais o seu objetivo.

O governo para disfarçar sua incompetência criou uma série de leis "inclusiva", mas que exclui quem quer aprender e trabalhar decentemente nas escolas públicas.   

terça-feira, 16 de outubro de 2012

Universidade e Escola Básica: o coronelismo acadêmico

Por José Maria e Silva

A universidade transforma o diploma numa patente (“Você sabe com quem está falando?”), mas submete o professor da escola básica a avaliações humilhantes feitas por crianças de 11 anos.
Nessa escola idealizada pelas correntes pedagógicas hegemônicas não há espaço para a responsabilidade. O aluno é um “sujeito de direitos”, isento de qualquer dever.
A greve dos professores da rede pública de ensino do Estado de Goiás fez aflorar uma tese recorrente no imaginário social – a de que os políticos não investem em educação para manter o povo na ignorância e, dessa forma, poder manipulá-lo com mais facilidade. Isso pode ter sido verdade no antigo sertão de Paulo Honório, o personagem-narrador do romance São Bernardo, de Graciliano Ramos, que não gostava de ver a própria mulher, a professora Madalena, ensinando os cabras de seu latifúndio conquistado mediante esbulho. Hoje, a realidade é bem outra: quem deseja manter o povo na ignorância não são os políticos – são os mestres e doutores universitários. Eles criaram na pós-graduação das universidades uma ciência esotérica e inútil, mas paradoxalmente militante, cujo principal propósito não é o ensino, mas a manipulação. E as primeiras vítimas dessa educação malsã são os professores da escola básica – tratados com evidente menosprezo nas dissertações e teses da academia.
Encastelados especialmente nas universidades públicas, os coronéis do conhecimento (exibindo suas vistosas patentes de “doutor” na Plataforma Lattes) não costumam aceitar críticas. Sua reação a elas varia da fingida indiferença à descabelada indignação. E se a crítica parte de quem não é acadêmico, a atitude dos coronéis de beca tende a ser a mesma dos velhos coronéis de bacamarte: “Você sabe com quem está falando?” Foi essa a reação ao meu artigo “O fracasso do mérito”, publicado na edição passada do Jornal Opção, tratando da greve dos professores da rede estadual de ensino. Imaginando que sou leigo no assunto, alguns acadêmicos reagiram de modo risível nas redes sociais e no próprio espaço de comentários do jornal. Um deles, mestre em educação pela UFG e doutorando em educação pela PUC de Goiás, depois de indagar a um oponente que defendia o meu artigo se o mesmo tinha mestrado ou doutorado, chegou a afirmar textualmente: “Conversar sobre meritocracia com quem não tem nem currículo na Plataforma Lattes e são apenas graduados é difícil demais. Esta é a verdade”.
Como não chega a ser um coronel acadêmico de alta patente, com um exército de orientandos na pós-graduação, o autor dessa afirmação merece ser preservado de si mesmo e não vou revelar o seu nome. Mas o menosprezo que ele manifesta em relação a quem não tem título de doutor ou mestre é um espelho fiel da velha cultura do bacharelismo, que, ao contrário do que se imagina, ficou ainda mais grave com a expansão dos cursos de pós-graduação nas duas últimas décadas. Antes, a cultura dos bacharéis era um vírus que atacava apenas médicos, advogados e engenheiros; hoje, ela se disseminou por todas as áreas do conhecimento, a ponto de alunos de graduação e especialização lato sensu encherem a boca para falar do TCC (Trabalho de Conclusão de Curso) e do título que ele possibilita, uma espécie de patente de cabo na hierarquia da caserna acadêmica. É o diploma substituindo o mérito em vez de expressá-lo.
Criança avalia professor
Paradoxalmente, essa universidade que se protege atrás de uma hierárquica barreira de títulos é a mesma universidade que despe o professor da escola básica de qualquer autoridade institucional e o obriga a se apresentar como um igual – ou até mesmo um inferior – diante de seus alunos. Hoje, nas escolas públicas, a inversão de valores é tanta que já não é o professor quem avalia o aluno, mas o aluno quem avalia o professor. É o que se constata no “Manual de Orientação para a Avaliação de Estágio Probatório dos Docentes da Secretaria Estadual de Educação”, um documento de 57 páginas, elaborado por 19 gestores com formação acadêmica e publicado em 2008. Como se sabe, de acordo com o artigo 41 da Constituição, todo servidor concursado só adquire estabilidade após um estágio probatório de três anos, em que passa por avaliações periódicas e, se não for aprovado, perde o cargo. Ou seja, o estágio probatório é algo extremamente sério, pois decide a própria vida profissional do servidor.
Agora, pasmem: na Secretaria Estadual de Educação, alunos de apenas 11 anos de idade, representando turmas de 5ª série (6º ano) do ensino fundamental, participam das comissões que avaliam o professor concursado em estágio probatório. Uma criança dessa idade é chamada a decidir o próprio destino profissional de um pai ou mãe de família que passou num concurso público, tem até pós-graduação e, sobretudo, é uma pessoa adulta, que – em nenhuma circunstância – pode ser avaliada por uma simples criança. Para se ter uma ideia da avacalhação a que o professor da escola básica é submetido – com a cumplicidade dos intelectuais universitários – a ficha de avaliação do professor que a criança de 5ª série preenche (Ficha II) é idêntica à que é preenchida pelo professor-coordenador da escola (Ficha I), pelo próprio professor que está sendo avaliado (Ficha III) e até pelo presidente da comissão de avaliação (Ficha IV).
O representante dos alunos – que, repito, pode ter apenas 11 anos de idade – atribui uma nota de 0 a 10 ao professor em cinco requisitos: idoneidade moral; assiduidade e pontualidade; disciplina; eficiência e aptidão. E a criança, a exemplo dos adultos, tem de justificar cada nota dada em um por um dos requisitos que estão sendo avaliados. Em relação à “eficiência”, o manual explica para todos os avaliadores, inclusive a criança, que se trata da “ação competente e criativa do professor para atingir com eficácia os objetivos propostos pela Unidade Escolar e pela Secretaria, na busca de resultados com qualidade”. Ora, como é que um aluno de 11 anos poderá saber se o professor que lhe ministra as aulas atingiu com eficácia as diretrizes propostas pela Secretaria de Educação? E com que critério uma escola aceita que uma criança seja eleita para falar em nome dos colegas num assunto de tamanha gravidade, instituindo uma espécie de meritocracia do acaso? Só mesmo uma pedagogia ideologicamente embriagada – que não tem o menor respeito por si mesma – pode obrigar um professor a se ajoelhar dessa forma aos pés da criança que tem por aluno. Os médicos concursados da rede pública de saúde também se submetem a estágio probatório; mas é possível imaginar um pediatra sendo avaliado profissionalmente por crianças de 11 anos?



Reizinho indisciplinado

Por que o Sintego (Sindicato dos Trabalhadores da Educação no Estado de Goiás) nunca denunciou essa forma de avaliação do estágio probatório da rede estadual de ensino? Não resta dúvida que esse tipo de tratamento dado ao professor – que é regra, não exceção – chega a ser mais deletério em sua carreira profissional do que os baixos salários. Muitos profissionais de comunicação, por exemplo, ganham igual ou menos do que o professor e não têm estabilidade no emprego, mas submetem-se a precárias condições de trabalho apenas pelo relativo prestígio que a profissão oferece. Já o professor, na maioria das vezes em que faz greve, pensa menos no aumento de salário do que no tempo em que ficará livre dos alunos e seus celulares ubíquos. Creio que muitos nem se dão conta disso quando aderem ao movimento grevista, mas só o descanso que a greve oferece pode explicar a insistência com que paralisam as atividades quase todo ano, mesmo sabendo que, ao cabo do movimento, as conquistas são ínfimas e muitas vezes se reduzem a não ter os pontos cortados. Se o professor se sentisse realizado em seu trabalho, com alunos e pais que o valorizassem, é provável que, mesmo ganhando pouco, relutaria em fazer greve.
Todavia, como é que pais e alunos vão valorizar o professor da escola básica se as próprias universidades não o respeitam e insistem em tratá-lo como um despreparado, que precisa não apenas ser capacitado por elas, mas até mesmo aprender com os próprios alunos? Infelizmente, o Sintego é parceiro das faculdades de pedagogia e demais cursos de licenciatura, com quem professa o pensamento dos derivados modernos e pós-modernos do marxismo, como Antonio Gramsci (1891-1937), Lev Vygotsky (1896-1934), Paulo Freire (1921-1997), Michel Foucault (1926-1984), Pierre Bourdieu (1930-2002) e Emilia Ferreiro (1936), entre vários outros. Todos os mestres e doutores contemporâneos que se filiam a essas ou outras correntes das humanidades têm em comum a crença de que a função da escola é “construir sujeitos” e “transformar a sociedade”. Daí a unção do construtivismo de Jean Piaget (1896-1980), que se tornou uma espécie de religião pedagógica da esquerda, assim como o evolucionismo de Charles Darwin (1809-1882) é a religião biológica dessa gente.
Nessa escola idealizada pelas correntes pedagógicas hegemônicas não há espaço para a responsabilidade. O aluno é um “sujeito de direitos”, isento de qualquer dever. Logo, todo e qualquer fracasso desse reizinho indisciplinado é jogado sobre os ombros do professor. É o que se vê, por exemplo, na Resolução nº 4, de 13 de julho de 2010, do Conselho Nacional de Educação, que define as “Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais para a Educação Básica”. Composta de 60 artigos e uma infinidade de parágrafos, alíneas e incisos, essa resolução – sintomaticamente publicada na data de aniversário do famigerado Estatuto da Criança e do Adolescente – é um documento que oscila entre a insanidade e a arrogância, exigindo do professor o impossível e do aluno, nada. Seus autores – entre os quais estão algumas sumidades acadêmicas do país, como o professor Mozart Neves Ramos, um dos pais do movimento “Todos pela Educação” – deviam ser condenados a aplicá-lo pessoalmente numa escola de periferia brasileira, ganhando o que ganham os professores da rede básica.
As “Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Básica” inviabilizam qualquer proposta de uma escola meritocrática, pois não se pode cobrar mérito apenas do professor, deixando o aluno à vontade para fazer o que quer, como ocorre hoje. Mesmo a proposta de premiar os bons alunos, como prevê o “Pacto pela Educação” do governo Marconi Perillo, tende a não funcionar. Se o aluno indisciplinado não pode ser suspenso muito menos expulso da escola, a sala de aula se torna insalubre para o aprendizado e não há caderneta de poupança para o aluno que dê jeito nisso, como acredita o secretário estadual de Educação, Thiago Peixoto.
Sem contar que, pelos critérios amorais – e até imorais – da pedagogia moderna, nada impede que um aluno indisciplinado, violento ou drogado, apenas por um rasgo de bom comportamento, venha a ser premiado com uma poupança escolar, em detrimento de um aluno bem comportado. A cultura da imoralidade – cultivada na academia – está arraigada na educação e não será o esqueminha de aluno de administração da Bain & Company, importado pelo secretário, que irá mudar essa realidade.



Enganando os pobres

Se o professor tiver de cumprir as Diretrizes Curriculares Nacionais da Escola Básica, ele não poderá conjugar nenhum outro verbo na vida a não ser “trabalhar”. E mesmo sem comer, dormir ou amar, cada dia do professor precisaria ser como um dia do planeta Vênus (243 dias terrestres) para que ele pudesse dar conta de todas as responsabilidades que lhe são impostas. Exemplo disso é o artigo 47 das Diretrizes, que reza: “A avaliação da aprendizagem baseia-se na concepção de educação que norteia a relação professor-estudante-conhecimento-vida em movimento, devendo ser um ato reflexo de reconstrução da prática pedagógica avaliativa, premissa básica e fundamental para se questionar o educar, transformando a mudança em ato, acima de tudo, político”. Reparem no caráter imoral dessa resolução: ela deixa claro que o objetivo da escola não é ensinar o aluno a ler, escrever e contar, mas usá-lo – “acima de tudo” – como instrumento político, a partir de um professor transformado em militante.
Os acadêmicos que escreveram essa resolução – entre eles, a goiana Clelia Brandão, ex-reitora da PUC de Goiás – deveriam ter a coragem de sustentar na cara do pedreiro e da faxineira que a função da escola não é dar ao filho desses operários a formação que seus pais não tiveram e, sim, usá-lo como massa de manobra da utopia de transformação do mundo. E quando o pedreiro e a lavadeira perguntassem a esses doutores universitários se seus próprios filhos também recebem uma educação “acima de tudo, política”, como a que é oferecida na escola pública, os acadêmicos deveriam ter a honradez de confessar a verdade: “Não, seu Zé, não, dona Maria, nossos filhos precisam passar nos concorridos concursos públicos e nos vestibulares de medicina e direito das universidades públicas, onde vão estudar de graça, por isso nós os matriculamos em boas escolas privadas, onde aprendem muita matemática, português, biologia e química”.
Mas esses coronéis do conhecimento só têm respeito pela própria patente de doutor, como fica claro na linguagem utopicamente desabusada das Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Básica do Conselho Nacional de Educação. O seu artigo 55 estabelece que a gestão democrática da escola “constitui-se em instrumento de horizontalização das relações, de vivência e convivência colegiada, superando o autoritarismo no planejamento e na concepção e organização curricular, educando para a conquista da cidadania plena e fortalecendo a ação conjunta que busca criar e recriar o trabalho da e na escola”. Como se vê, o Conselho Nacional de Educação, influenciado pelas universidades, impõe à escola básica a “horizontalização das relações”, o que significa igualar completamente professor e aluno, retirando toda autoridade do mestre; no entanto, não existe nada mais vertical do que a hierarquia da pós-graduação nas universidades. Um aluno só chega ao doutorado de uma universidade pública se contar com o apadrinhamento dos coronéis de beca, pois as linhas de pesquisa nesse nível da pós-graduação são geridas de modo subjetivo, dependendo de cartas de apresentação de um doutor para outro.
Inventar a escola
Um exemplo das exigências sobre-humanas que são feitas ao professor está no parágrafo 3º do artigo 13 das Diretrizes Curriculares Nacionais da Escola Básica. Diz o texto que “a organização do percurso formativo, aberto e contextualizado, deve ser construída em função das peculiaridades do meio e das características, interesses e necessidades dos estudantes, incluindo não só os componentes curriculares centrais obrigatórios, previstos na legislação e nas normas educacionais, mas outros, também, de modo flexível e variável, conforme cada projeto escolar”, e assegurando, entre outras questões, “a ampliação e diversificação dos tempos e espaços curriculares que pressuponham profissionais da educação dispostos a inventar e construir a escola de qualidade social, com responsabilidade compartilhada com as demais autoridades que respondem pela gestão dos órgãos do poder público, na busca de parcerias possíveis e necessárias, até porque educar é responsabilidade da família, do Estado e da sociedade”. Que norma prolixa e doentia é essa que manda o professor “inventar” a escola de qualidade social? Alô, Sintego e Faculdades de Pedagogia, o Conselho Federal de Medicina ficaria calado diante de uma norma do Ministério da Saúde que mandasse o médico “inventar” o hospital de qualidade?
Quando digo que essas diretrizes oscilam entre a arrogância e a insanidade, estou usando de eufemismo, para evitar um julgamento moral. Pois, no fundo não são loucas, são charlatãs. Ou é possível levar a sério uma resolução que fala em “escolha da abordagem didático-pedagógica disciplinar, pluridisciplinar, interdisciplinar ou transdisciplinar pela escola, que oriente o projeto político-pedagógico e resulte de pacto estabelecido entre os profissionais da escola, conselhos escolares e comunidade, subsidiando a organização da matriz curricular, a definição de eixos temáticos e a constituição de redes de aprendizagem”? Eu queria ver um dos autores dessa resolução, numa sala de aula, separando concretamente, em sua prática didático-pedagógica, o que é “pluridisciplinar” do que é “interdisciplinar” e do que é “transdisciplinar”. Eis o coronelismo acadêmico exibindo sua patente em forma de linguagem cuja suposta complexidade é apenas um disfarce para o vazio do cérebro.
A resolução diz que a “escolha da abordagem didático-pedagógica” deve orientar o “projeto político-pedagógico” e, ao mesmo tempo, deve resultar de “pacto estabelecido entre os profissionais da escola, conselhos escolares e comunidade”, que, por sua vez, vai subsidiar “a organização da matriz curricular, a definição de eixos temáticos e a constituição de redes de aprendizagem”. Ora, um pacto entre os profissionais da escola e a comunidade já pressupõe a existência de um “projeto político-pedagógico”; logo, a “escolha da abordagem didático-pedagógica” vai derivar desse projeto e não orientá-lo. Inclusive porque a abordagem didática é um insumo da educação que pode variar de uma aula para outra, enquanto um projeto político-pedagógico é um conjunto de diretrizes gerais que norteiam todo o ensino num dado estabelecimento educacional.
Como se vê, os autores das Diretrizes Curriculares Nacionais da Escola Básica, encastelados no Conselho Nacional da Educação, não sabem o que estão escrevendo. Juntam palavras apenas pelo seu valor ideológico, como “construção”, “sujeito”, “cidadania”, “pluralidade”, “diversidade” e outros abracadabras do gênero.
Entretanto, mesmo diante de todas essas exigências que o Conselho Nacional de Educação faz ao professor da escola básica, o pedagogo José Carlos Libâneo – ao criticar o “Pacto pela Educação” do governo estadual – teve a coragem de indagar: “Onde estão as professoras que dominam os conteúdos, que sabem pensar, raciocinar, argumentar e têm uma visão crítica das coisas?” Sem dúvida, o próprio Libâneo – e não Thiago Peixoto – é quem, olhando-se no espelho, deveria dar resposta a essa pergunta.
Afinal, quem tem de saber onde estão essas professoras são as Faculdades de Pedagogia, que não fazem outra coisa senão preparar seus graduandos para um mundo que não existe. Os cursos de formação de professores das universidades, na maioria dos casos, fazem é deformar os professores, começando por incutir-lhes uma falsa ideia de liberdade, que os leva a romper com o mundo real para perder-se em utopias. Isso porque a pedagogia construtivista – que manda o professor respeitar a realidade do aluno – jamais respeita a realidade do professor. É, sobretudo, contra essa arrogância acadêmica que o professor da escola básica deve lutar. Ao contrário do que pensam os professores em greve, o governante de plantão é um mal passageiro – o coronelismo acadêmico é que é um mal permanente.
Texto retirado do site Mídia sem Máscara. Para ir ao site, clique aqui
  

domingo, 23 de setembro de 2012

Professores sofrem pressão para não dar notas vermelhas


Por meio das diretorias de ensino regional, a Secretaria da Educação do Estado de São Paulo pressiona os professores a não atribuir notas vermelhas aos alunos.

Os professores são questionados e pressionados por alguns coordenadores pedagógicos a darem motivos para as notas vermelhas. Com esse tipo de atitude, o IDEB de São Paulo sempre fica com o índice entre os primeiros lugares. O bônus também é uma forma que o Estado tem de corromper os professores, pois notas vermelhas e repetência na 4º e 8º séries faz com que os professores e demais profissionais não venham a receber o bônus.

Perguntamos-nos o porquê da educação em São Paulo não coneguir avançar, pois a olhos vistos nossos alunos não aprendem, mas, por outro lado, São Paulo ocupa a 3º posição no IDEB. Ou seja, os índices são maquiados. 

Os pais precisam ficar atentos, pois notas azuis não quer dizer que seu filho aprendeu.   

domingo, 16 de setembro de 2012

Redução da Maioridade Penal não pode mais ser adiada no Brasil

Na noite da última quinta-feira (06/09), um casal de menores, ele com 17 e ela com 16 anos de idade, provenientes de São Paulo, que iria comprar drogas na Cidade de Deus, Zona Oeste do Rio de Janeiro, sem dinheiro suficiente para pagar a corrida de um táxi e planejando fugir já próximo ao local de destino, acabou assassinando o motorista Ercole Castro Silveira -vejam a violência e o absurdo do ato criminoso- por espancamento, produzindo na vítima traumatismo craniano, afundamento da face e sangramento dos pulmões, tendo o taxista tentado lutar contra os menores agressores para impedi-los da fuga. Um amigo da vítima, desabafou e disse mais ou menos tudo: “podem votar, matar, roubar, estuprar ou dirigir sem permissão e não dá em nada”



Mais um bárbaro crime cometido por menores (inimputáveis) que traz novamente à baila a discussão sobre a fixação do limite etário de responsabilização penal, muito embora a Comissão de Notáveis, nomeada para apresentar a proposta do anteprojeto do novo Código Penal, tenha se preocupado, ao invés da redução da maioridade penal, em propor a permissiva e perigosa descriminalização e legalização de drogas no país. Observem que os menores que mataram o taxista pretendiam comprar drogas para revender (traficar). Na era da Internet, num mundo cada vez mais globalizado como o de hoje, esqueceram-se os referidos notáveis, de que, como em diversos países, a idade biológica (no Brasil 18 anos de idade) não é mais parâmetro razoável para fixar a imputabilidade penal de menores que cometem crimes.



Registre-se que o Dr Márcio Mothé, Procurador da 3ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça, do Rio de Janeiro, lembrou recentemente, em artigo de sua autoria, que o STJ (Superior Tribunal de Justiça), através da Súmula 492, tornou público, em 13 de agosto que “o ato infracional análogo ao tráfico de drogas, por si só, não conduz obrigatoriamente à imposição de medida sócio-educativa de internação do adolescente”. Para o insigne procurador, na prática, tal entendimento impossibilita que adolescentes traficantes sejam internados, privados de liberdade, não obstante, praticarem atos equiparados a crimes hediondos, como o narcotráfico é classificado pela própria Constituição Federal. É o que se pode chamar de passagem livre para que o tráfico contrate mão de obra juvenil. Para o procurador, “o alarmante quadro atual é que a partir do entendimento ora sumulado, os adolescentes traficantes não mais poderão ser internados, devendo ser submetidos à medidas alternativas, tais como liberdade assistida ou prestação de serviços a comunidade, evidentemente inócuas para aqueles que traficam para sustentar a família ou o próprio vício”, observou.



O fato é que intelectuais, de vários segmentos, aí incluídos respeitados juristas, antropólogos, sociólogos e militantes de direitos humanos, na proteção de adolescentes, se posicionam, terminantemente, contra a possibilidade de menores de 18 anos serem processados criminalmente no Brasil. Permanecem fiéis à anacrônica recomendação de 1949, proposta pela Organização das Nações Unidas (ONU), no Seminário Europeu de Assistência Social, do critério da idade biológica dos 18 anos. Alguns intelectuais do direito deveriam pelo menos reconhecer que a verdade expressa na doutrina do direito penal brasileiro não pode ser absoluta. Há que se conceder a possibilidade de avançar na questão, na constatação de que a idade biológica, critério da razoabilidade recomendada pela ONU naquele 1949, não guarda mais nenhuma relação de proporcionalidade com os crimes brutais hoje cometidos por menores de 18 anos, perfeitamente capazes de entender o caráter danoso de seus atos, no mundo da globalização. Há que se ter em mente que o critério psicossocial é hoje o mais recomendável em diversos países do mundo, devendo o menor de 18 anos ser penalmente imputável quando revelar, através comprovação científica, a capacidade de entender a ilicitude do ato cometido.



As cláusulas devem deixar de ser pétreas quando se contrapõem aos legítimos interesses da sociedade. Não se almeja abarrotar mais ainda presídios e penitenciárias. O que se propõe é investigar, independente de ser menor de 18 anos, se o autor do crime tinha ou não capacidade para entender o ato delituoso praticado. Inocência de bandidos mirins tem limites. Basta de benevolência e irrealismo. Com a palavra o Congresso Nacional.



Milton Corrêa da Costa é coronel da reserva da PM do Rio de Janeiro.



sábado, 15 de setembro de 2012

Educação Tradicional X Educação Moderna (atualizado)



A redação acima é de uma aluna do 3. ano da escola publica em 1896. A redação abaixo de uma aluna do 8 ano também da escola pública de 2012.






Acho que há a necessidade de fazer um pequeno comentário a respeito.

A progressão continuada foi a pior de todas as teorias pedagógicas  já criadas. É fadada ao fracasso e contra a natureza humana. Quando havia a repetência o aluno tinha a oportunidade de aprender o conteúdo, mas com a progressão continuada o pobre aluno não tem essa oportunidade. Ela fica parado, estagnado, não avança um centímetro.

É muito comum vermos alunos analfabetos, porque acreditam que a repetencia nos primeiros anos pode traumatizar e prejudicar as crianças. Como se no mundo adulto elas não tivessem que aprender a conviver com o fracasso.

É brincadeira como as coisas no Brasil são sempre feitas de qualquer jeito e sem nenhum critério. 

A triste realidade da sala de aula brasileira



Os mais velhos, principalmente aqueles com mais de 50 ou 60  anos, semprem dizem as crianças ou aos adolescente a se afastarem de más companhias (drogados, marginais e toda pessoa que poderia se tornar uma má influência). Nós adultos ensinamos nossos filhos a serem obedientes, respeitarem os mais velhos, não andar com más pessoas entre uma série de outros bons conselhos que as famílias procuram passar às suas crianças.

Mas chega a época em que precisamos matricular nossas crianças nas escolas públicas e ai começam nossos problemas. Os pequenos se tornam rebeldes, respondões, aprendem a mentir, briguentos, passam a conviver com pequenos marginais e aprendem tudo o que não presta.

Graças ao ECA - Estatudo da Criança e do Adolescente - nossos pequenos são obrigados a conviver com os infames LA (liberdade Assistida). São bandidos mirins que foram pegos por tráfico, furto entre outros crimes. O Estado e a Justiça obrigam nossas crianças e adolescentes a conviverem com esses indivíduos. Para piorar ainda mais a situação, a justiça decidiu que um traficante menor só poderá ser internado após três flagrantes de tráfico de drogas. Fico pensando se o cidadão que tomou essa decisão tem filho na escola pública ou trabalha em uma. 

O Brasil está se tornando um lugar cada vez pior de se morar. Algum político decente poderia sugerir aos poderosos desse país a leitura e a prática do Salmo 1:

1 Bem-aventurado o homem que não anda segundo o conselho dos ímpios, nem se detém no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores. 2 Antes tem o seu prazer na lei do SENHOR, e na sua lei medita de dia e de noite. 3 Pois será como a árvore plantada junto a ribeiros de águas, a qual dá o seu fruto no seu tempo; as suas folhas não cairão, e tudo quanto fizer prosperará. 4 Não são assim os ímpios; mas são como a moinha que o vento espalha. 5 Por isso os ímpios não subsistirão no juízo, nem os pecadores na congregação dos justos. 6 Porque o SENHOR conhece o caminho dos justos; porém o caminho dos ímpios perecerá




   

Normas de Convivência Escolar

As Normas de Convivência Escolar -NCE- é um conjunto de normas sem nenhum valor legal. Foi criada pelo ex-governador José Serra como uma tentativa de dar uma resposta a sociedade, aos profissionais da educação e aos estudantes sobre os graves problemas que a comunidade escolar enfrenta.

Como foi dito acima, a NCE não possui valor legal, foi somente um cala boca do José Serra à sociedade. Essas normas precisam ter valor legal para que a educação brasileira volte a funcionar. Ela deve ser votada pelo congresso para que se torne uma lei federal.

A escola é a unica instituição em que as pessoas que a usam faz o que bem deseja. Ninguém faz o que quer em um forum, em uma delegacia, em um hospital, mas a escola é diferente.

Dissem que o Brasil é um país com excesso de leis, mas falta uma legislação que discipline a instituição escolar.

domingo, 2 de setembro de 2012

22 anos do ECA - Estatuto da Criança e Adolescente





Se pegarmos, amigo leitor, livros didáticos de 30, 40 anos atrás. Se lermos alguns textos educacionais desse mesmo período ou anterior a ele, textos que falam sobre a formação moral da juventude brasileira o que veremos nesses textos, caro leitor, é a importância que se dava à formação moral da juventude.

Mas qual o tipo de homens e mulheres que formamos hoje em dia em nossas escolas ou mesmo em nossas casas? A resposta você encontra em nossos noticiários ou vemos em nossas salas de aulas. 
Aumento da criminalidade, maternidade e paternidade precoce, delinquência juvenil, queda nos índices educacionais entre muitas outras coisas são os resultados que, infelizmente, possuímos hoje. E o quadro que se delineia é ainda mais grave, pois em breve estaremos entrando na terceira geração dos filhos do ECA

Há como resolver esse problema? As pessoas formadoras de opinião e os detentores do poder são favoráveis a essa situação atual. Basta fazer uma busca simples no google com as seguintes palavras DEVER - RESPONSABILIDADE - ADOLESCENTES  - CRIANÇAS que os senhores e as senhoras verão que não há um site sequer em que coloque as crianças e os adolescentes sujeitos aptos a exercer qualquer forma de dever ou responsabilidades, antes são tratados somente como objetos dessas noções. Nem mesmo são responsáveis pela própria instrução.

Não devemos esperar, portanto, que os poderosos mudem alguma coisa. A mudança ocorrerá somente por nós mesmos. Os dois principais partidos políticos do Brasil são os principais responsáveis pelas leis que atualmente vigoram no Brasil. A questão segue sem solução. Penso que o caminho seria o mesmo para a aprovação da Ficha Limpa, a mobilização social. Somente assim que a sociedade voltará a formar homens e mulheres de caráter. Pessoas que valorizem o a força do trabalho, o poder da honestidade, do empreendimento, do auto sacrifício, do nacionalismo, do amor a pátria. Pessoas que não dependerão de ajudas financeiras do governo para sobreviverem.

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Palavras Mágicas

Escola e educação são, hoje em dia, duas palavras mágicas muito utilizadas no Brasil para se resolver todos  os problemas que afligem a sociedade. Os professores e as professoras são portanto os sacerdotes e sacerdotisas, a escola o templo e a educação a nova religião moderna. Quem  pensa assim julga que na escola que se resolverá a criminalidade, o tráfico, o preconceito e tudo o que se puder imaginar.

Pobres professoras e professores, atribuem-lhes um poder e uma função que não possuem.  

Os governantes, e seus profetas - os teóricos, os juristas, os jornalistas, os pedagogos entre outros -, usam as palavras mágicas -geralmente são substantivos abstratos que dependem do ouvinte ou do emissor para definí-los, para não investirem em educação, em saúde, em segurança e mesmo no comportamento das pessoas no trânsito, porque este também os mestres e a escola têm poder de mudar.
 

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Historia Sagrada

1 - Deus creavit coelum et terram intra sex dies. Primo die, fecit lucem. Secundo die, fecit firmamentum, quod vocavit coelum.
Tertio die, coegit aquas in unum locum, et eduxit e terra plantas et arbores.
Quarto die, fecit solem et lunam, et stellas.
Quinto die, aves quae volitant in aere, et pisces qui natant in aquis.
Sexto die, fecit omnia animantia postremo hominem et quievit die septimo
2 -  Deus finxit corpus hominis e limo terrae: dedit illi animam viventem; fecit illum ad similitudinem suam, et nominavit illum Adamum.
Deinde  immisit soporem in Adamum, et detraxit unam e costis ejus dormientis.
Ex ea formavit mulierem quam dedit sociam Adamo: sicque instituitmatrimonium.
Nomem primae mulieris fuit Eva.
3 - Deus possuit Adamum et Evam in horto amoenissimo, qui solet appelari Paradisus terrestris.
Ingens fluvius irrigabat hortum. Erant ibi omnes arbores jucundae adspectu, et gustu fructus suaves. Inter eas arbor scientiae boni et mali.
Deus dixit  homini: Utere fructibus omnium arborum paradisi, praeter fructum arboris scientiae boni et mali; nam, si comedas illum fructum, morieris.
4 - Serpens, qui erat callidissimum omnium animantium, dixit mulieri: Cur nom comedis fructum istius arboris?
Mulier respondit: Deus id prohibuit. Si tetigerimus illum, mriemur. Minime, inquit serpens, nom moriemini; sed eritis similes Deo, scientes bonum et malum. Mulier decpta his verbis, decerpsit fructum et coedit; deinde obtulit viro qui pariter comedit.
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(Tradução Parcial)

1 - Deus criou o céu e a terra em seis dias. No primeiro dia, fez a luz. No segundo dia, fez o firmamento que chamou céu.
No terceiro dia, fez o sol, a lua e as estrelas.
No quinto dia, as aves que voam amiúde no ar, e os peixes que nadam nas águas.
No sexto dia, fez todos os seres viventes, por último o homem, e descansou no sétimo dia.
2 - Deus fez o corpo do homem do limo da terra: deu-lhe alma vivente, e o fez a sua semelhança, e o chamou Adão. 
Depois, lançou em Adão  um sono profundo, e tirou uma das costelas daquele que dorme.
Das costelas formou a mulher que deu a Adão como companheira, e assim instituiu o matrimonio.
O nome da primeira mulher foi Eva.    
3 - Deus colocou Adão e Eva em um jardim muito ameno, que cosutma chamar Paraiso Terrestre.
Um rio grande irrigava o jardim. Ali,  todas as árvores eram de aparência bela e oos frutos de sabor suave. Entre elas, havia a árvore do conhecimento do bem e do mal.
Deus disse ao homem: sirva-te dos frutos de todas as árvores do Paraíso, exceto da árvore do conhecimento do bem e do mal; porque, se comeres este fruto, morrerás.     


Cícero - #1 Calilinária - Cap. IV

Recognosce(1) tandem mecum noctem illam superiorem: jam intelliges(2) multo me vigiliare(3) acrius ad salutem , quam te(4) ad perniciem reipublicae.


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Tradução

Recorda também comigo aquela penúltima noite; lo compreenderás que eu velo para a salvaguarda muito mais diligentemente do que tu para a desgraça da republica.
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Comentário Gramátical

1. Recognosce - Imperativo
Recognosco, -is, -ovi, -itum, -oscere
O imperativo é formado retirando o -re do infinitivo

2. inteliges - Futuro imperfeito
Intelligo, -is, -exi, -ectum, -igere
O futuro imperfeito é derivado do presente trocando o O por -am. O -e é a desinência temnporal das demais pessoas.

3. me vigiliare - oração infinitiva (AcI) - Sujeito acusativo - me

4. quam te - oração comparativa de Me Vigiliare.
Regra do comparativo: o segundo termo (te) se põe no mesmo caso do primeiro termo (me) precedido da conjunção quam.

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Prefácio Gramática Latina João Ravizza

PREFÁCIO DA NONA EDIÇÃO




QUAL é o livro didático que em qualquer disciplina pode construir o ideal para ser adotado em nossos Ginásios?

Sem medo de qualquer contestação ou objeção séria com a experiência de quase 40 anos de magistério - e tendo em vista os diversos interesses em jogo, podemos responder: É o livro ÚNICO e COMPLETO que se entrega ao aluno desde o primeiro ano da matéria até a conclusão do estudo da disciplina. E isso sem distinção de Curso nem tampouco de matéria principal ou secundária, porque essa distinção diz respeito tão somente à pedagogia didática do livro e porque qualquer disciplina constitue sempre um quid unum índivisibile.

Não simpatizamos com os resumos que são a negação de qualquer cultura. Procuramos aplicar esses princípios à nossa GRAMÁTICA LATINA – 9º. edição.

Com efeito: É livro único e completo.

Destina-se esta gramática aos estudantes dos cursos ginásiais e complementares ou pré-universítário. Por ser mais extensa e completa até agora publicada em língua portuguesa, é a melhor para ser adotada nos Seminários em que o curso de latim deve ser feito em seis anos.

Foi escrita para aqueles que só precisam dos elementos essenciais da língua, como para aqueles que devem estudá-la a fundo como chave de uma cultura superior filosófica e teológica.

Para alcançar praticamente esta grande finalidade, temos já dizer que são DUAS GRAMÁTICAS num só VOLUME, porque com corpo 10 foi reeditada quase toda, a sexta edição Elementar (já esgotada), arcabouço completo da língua e já de per si uma excelente gramática e em corpo 8 todos os comentários, observações, explicações e notas.

Obedecendo a distribuição da matéria a este critério eminentemente pedagógico poderá facilmente o professor distinguir o essencial do secundário e escolher de acordo com as necessidades da própria aula.

Seu excelente método pedagógico proclama-o o grande número de exemplares vendidos.

Se o lucro fosse o único ideal da nossa iniciativa, facílimo nos teria sido explorar a boa fé do público, impingindo-lhe um daqueles livros em que a capa berrante e uns atavios tipográficos escondem a pobreza absoluta da matéria que pretendem explanar.

O quanta species... cerebrum non habet! Se a raposinha de Fedro vivesse em nossos dias não aplicaria sua crítica às máscaras de teatro, mas... a não poucos livros didáticos, que infelizmente pululam entre nós.

Não. Não enveredamos por este caminho de conquistas fáceis armados tão somente das desinências das cinco declinaçoes e dos esquemas das quatro conjugações, mas preferimos apresentar um verdadeiro livro didático, uma boa e completa gramática latina, que aguarda com confiante tranqüilidade a crítica honesta dos entendidos.

Lorena, 1.° de Janeiro de 1940.

P. João Ravizza

(Da Arcadia Romana)

As doze virtudes do bom professor segundo São João Batista de la Salle 1. A Seriedade

As doze virtudes do bom professor de acordo com São João Batista De La Salle Explanação do Irmão Agatón, Superior Geral, F.S.C. 178...