ESQUEMA DA
REDAÇÃO.
O esquema é um
esqueleto e pode ser usado antes de escrever o rascunho. Sugerimos que a
redação dever ser construída em três passos: o primeiro é a construção do “desenho”
da redação, o segundo o rascunho e finalmente, a versão definitiva da redação. Provavelmente
iremos retomar algumas considerações de postagens anteriores. O organograma irá
ajudar o aluno a “visualizar o desenho” de uma redação a fim de preparar o
rascunho de seu texto.
Título
Texto
-------------------------------------I
Introdução
Tese:--------------------------------------I
1ºargumento
2ºargumento
3° argumento
4° argumento
I
Conclusão-------------------------------------
I
Proposta de
intervenção
O
título encabeça a esquema, mas não pode reproduzir o tema proposto pela banca e
deve ser escrita preferencialmente em letras maiúsculas. Por mais estranho que
possa parecer, o título é a última coisa a ser escrita na redação. Em alguns
exames, o título não é obrigatório e pode ser considerada na contagem das
linhas.
A
introdução deve ser resumida no esquema com frases curtas ou palavras
indicativas que ajude o candidato a lembrar-se da ideia depois de um tempo.
Algumas redações começam por uma narrativa, outras por uma citação e outras por
uma pergunta retórica. Não se deve esquecer que a introdução é uma apresentação
daquilo que será lido predispondo o leitor. Uma boa redação apresenta uma boa
introdução, uma má introdução com toda certeza irá apresentar uma má redação.
Muitos autores consideram que o importante de uma redação é a argumentação e
que a introdução é apenas floreio, mas esse pensamento é um equivoco.
Responda
a pergunta: “o que eu penso sobre esse assunto?” e o leitor terá uma tese. A
resposta será uma afirmação ou uma negação. Destaque bem a tese no esquema escrevendo-a de
maneira clara e completa. É muito raro encontrar uma tese claramente definida
nos textos dos candidatos a uma vaga em um curso universitário. O candidato
jamais deve ficar “em cima do muro” em ruma redação que pede uma tomada de
posição favorável ou contra sobre um assunto.
Os
argumentos precisam ser claros, firmes e bem destacados. Jamais a tese dever
ser apoiada no senso-comum, senão não irá abonar a tese. Uma boa argumentação será
baseada em perguntas que o autor irá supor que seu leitor faria se tivesse a
oportunidade. Uma redação é um diálogo imaginário que o autor trava com o
leitor adiantando prováveis perguntas e refutações que o leitor faria ao autor.
Na próxima postagem iremos comentar a respeito dos argumentos.
A
conclusão deve ser bastante sucinta retomando, preferencialmente, elementos da
introdução, apresentar conclusões das argumentações e acrescentar novas
informações. No mesmo parágrafo da conclusão, a proposta de intervenção que é
solicitada por alguns exames vestibulares. Essa proposta deve respeitar os
direitos humanos e apresentar soluções possíveis de ser realizadas. Muitas
propostas de solução (ou intervenção) sugerem soluções somente no âmbito
governamental, mas se esquecem de que as propostas também podem abarcar o nível
individual e social.
Bibliografia consultada (todas as
postagens do curso)
SILVA, Plinio Moreira da. Homilética, a arte de pregar o evangelho: 4°
ed. Eleva, 1986.