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sábado, 16 de março de 2013

Branca Alves de Lima, a educadora

Pergunte para qualquer professor ou pessoa ligada à educação qual o maior educador ou a maior  educadora do Brasil de todos os tempos e você com certeza ouvirá o nome de Paulo Freire ou um outro qualquer. Pessoas que contribuíram (?!) com um ou outro pensamento qualquer a respeito da educação.

Branca Alves de Lima, pelo contrário, contribuiu efetivamente com a qualidade de ensino nesse país e por isso é tão desprezada nos meios educacionais. Foi tão importante sua contribuição que a obra suplantou o autora. No Brasil, pessoas que efetivamente trabalham não são valorizadas.

Os governos do PSDB e do PT, submissos à vontade das grandes editoras e curvados ao poder das Universidades, decretaram o fim do uso da Cartilha Caminho Suave a favor dos péssimos livros didáticos usados atualmente.

Frente ao fracasso da educação pública, a educação é feita a partir de conceitos de auto-ajuda, mas uma idéia simples pode fazer toda a diferença. Branca Alves fez a diferença quando,  tentado ajudar os alunos a memorizar as letras e respectivas sílabas, fez desenhos simples que continham a inicial de palavras chaves: o a, no corpo da abelha, o e na tromba do elefante, o f no cabo da faca, o g no corpo do gato e, assim por diante.

Em 1947, nasce a cartilha Caminho Suave que ajudou a alfabetizar os brasileiros durante mais de 40 anos. Em entrevistas, a autora em 1997 afirma que eles (o governo, o MEC e o Guia do Livro Didático, o Conselho Nacional de Educação, as secretarias de Educação etc.) estão projetando, quase decretando, que os alunos não usem mais cartilhas.

Branca Alves de Lima deve ser eternamente lembrada como a educadora que mais contribuiu com a educação pública. Quando tivermos no governo pessoas responsáveis e honestas a cartilha Caminho Suave irá retornar às salas de aulas e não teremos mais livros "didáticos" que incentivem coisas como "nois pega o livro" e outras coisas horrorosas.

É preciso resgatar a memória de Branca Alves de Lima, uma professora na melhor acepção da palavra,  uma trabalhadora em prol da educação de todo o povo brasileiro desde 1948, ano da publicação da primeira edição da Cartilha Caminho Suave.  


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