Movimento poético contemporâneo que expressa e critica ao mesmo tempo a propaganda e o consumismo dos nossos dias. Foi um movimento que conseguiu aliar de um lado a linguagem verbal e de outro a não-verbal.
O Concretismo surge durante o período que antecede o regime militar brasileiro: o Governo de Juscelino Kubitschek (1956 - 1960) que tem como principal característica a fundação de Brasilia e também o início de surgimento do nosso parque industrial automobilístico. Juscelino queria implantar uma política desenvolvimentista prometendo avançar economicamente cinquenta anos em apenas cinco. Logicamente isso não deu certo e aumentou enormemente nossa dívida externa, deixando para seu sucessor, Jânio Quadros, resolver o rompimento com o FMI.
O Brasil vive seu momento cultural mais importante durante a segunda metade do século XX com o surgimento de tendências musicais que até os nossos dias, mais de 60 anos depois, ainda influência nossa música popular: o surgimento da Bossa Nova e do Tropicalismo. Nomes da Bossa Nova que até hoje ainda é referência: Tom Jobim, o poeta (que futuramente será estudado) Vinícius de Moraes, Baden Powell, entre outros. Já no Tropicalismo temos nomes como Caetano Veloso, Gilberto Gil e Os Mutantes. Os festivais de músicas da Record também é algo muito característico daquele período.
O Concretismo foi um movimento que procurou unir diversas linguagens em uma só. Confundem-se desse modo artes plásticas, publicidade e poesia em uma estrutura híbrida. De alguma forma, o Concretismo é uma poética urbana porque os poemas fazem referência aos anúncios publicitários, aos outdoors e ao neon. O poeta quebra com a estrutura ortodoxa do verso, linguagens não verbais unem-se as verbais.
A união da poesia e da propaganda por meio da fonte que lembra anúncio outdoor leva o leitor a refletir sobre o consumismo tão marcante na geração contemporânea. O leitor pode fazer uma leitura linear, tradicional: quis mudar tudo mudei tudo agorapóstudo extudo mudo, ou então fazer uma leitura liberta, sugerindo muitas interpretações: mudar mudei agorapóstudo mudo, a última palavra, mudo, pode tanto sugerir o verbo mudar como o substantivo mudo, como se o eu lírico considerasse a possibilidade de ficar calado, após um momento de reflexão, agorapóstudo. Também é possível a seguinte leitura: quis tudo tudo tudo agorapóstudo extudo, sugerindo que após a aquisição dos objetos de desejos, o eu-lírico percebesse a nulidade de tudo.
mar azul
mar azul marco azul
mar azul marco azul barco azul
mar azul marco azul barco azul arco azul
O Brasil vive seu momento cultural mais importante durante a segunda metade do século XX com o surgimento de tendências musicais que até os nossos dias, mais de 60 anos depois, ainda influência nossa música popular: o surgimento da Bossa Nova e do Tropicalismo. Nomes da Bossa Nova que até hoje ainda é referência: Tom Jobim, o poeta (que futuramente será estudado) Vinícius de Moraes, Baden Powell, entre outros. Já no Tropicalismo temos nomes como Caetano Veloso, Gilberto Gil e Os Mutantes. Os festivais de músicas da Record também é algo muito característico daquele período.
O Concretismo foi um movimento que procurou unir diversas linguagens em uma só. Confundem-se desse modo artes plásticas, publicidade e poesia em uma estrutura híbrida. De alguma forma, o Concretismo é uma poética urbana porque os poemas fazem referência aos anúncios publicitários, aos outdoors e ao neon. O poeta quebra com a estrutura ortodoxa do verso, linguagens não verbais unem-se as verbais.
mar azul
mar azul marco azul
mar azul marco azul barco azul
mar azul marco azul barco azul arco azul
mar azul marco azul barco azul arco azul ar azul
A poesia de Ferreira Gullar, mar azul, brinca com a palavras construindo e desconstruindo-as. A repetição do vocábulo azul, faz com que os objetos se confundam entre si, da mesma forma como acontece com o expectador á beira da praia percebendo como os objetos se confundem na paisagem a medida em que se afastam no horizonte.
O poeta brinca com a figura da pirâmide e a palavra amor. O triângulo isósceles apresenta uma base maior e duas laterais menores. A base maior dá sustentação ao triângulo para que todo o sistema não se abale. Em sua base, o autor apresenta duas palavras, amor e temor, no começo do amor romântico, os pares sentem esses dois sentimentos concomitantemente, mas a medida que o sentimento fica mais seguro, o temor vai desaparecendo e no topo aparece a palavra amor. Além disso, interessante observar duas coisas: a primeira; durante a transição do amor-temor para amor, aparece a palavra morte. Segundo; o triângulo é uma das formas geométricas mais resistentes, servindo em muitos casos como objeto de reforço para muitas construções.
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